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quarta-feira, 28 de março de 2012

Simplesmente Chico




Carlos Heitor Cony


Impossível não escrever sobre Chico Anysio, apesar da compacta e mais que merecida cobertura que ele recebeu da mídia em geral e de seus admiradores, vale dizer, do Brasil inteiro. Impossível também destacar os comentários feitos por tanta gente entendida em sua vida e obra. Tenho para mim que a melhor observação foi a de Boni, um dos responsáveis pelo sucesso do Chico -evidente que depois do próprio Chico e do advento do videotaipe na TV.

Boni disse que preferia o grande ator como ator mesmo, "in natura", sem perucas e maquiagens, evitando a pele dos notáveis personagens que criou. Penso da mesma forma: o Chico de cara limpa e roupa comum era ao mesmo tempo o ator e autor de si mesmo. Paulo Francis costumava dizer que ele era o momento mais inteligente da nossa indústria de entretenimento.

Não o considero humorista, mas ator capaz de criar os personagens que admiramos. Dois deles sempre me deram inveja pela originalidade, perfeição e simplicidade da arquitetura cênica e literária: o Pantaleão e o Limoeiro.

Qualquer intérprete que componha um tipo com acessórios e textos adequados, fatalmente fará sucesso. Mas Pantaleão tem apenas uma cadeira de balanço, bem nordestina, um olho tapado e o outro olho, esperto, esse sim, uma criação de gênio. Não precisa de texto: o olho que lhe resta diz tudo, nem precisa do bordão ("É mentira, Terta?") para sabermos que ele não está mentindo, mas expressando um passado que ele criou e no qual acredita.

O coronel Limoeiro também evita acessórios, tem a limpeza de meios que contrasta com outros tipos que resvalam para a caricatura. O terno branco, o chapéu e o sotaque resultam num personagem que Graciliano Ramos, Zé Lins e Jorge Amado se esqueceram de ter criado.

Publicado na Folha de S.Paulo, em 27/03/2012.

Humorista deixa personagens arraigados no imaginário




Hugo Possolo


Morreu o mais ator de todos os comediantes. As composições de Chico Anysio geraram personagens tão reais que talvez a nossa memória resista em associar as criaturas ao seu criador, tamanha vida própria que tinham.

Todos os detalhes, que ultrapassavam o limite da simples caracterização como maquiagem, perucas e figurinos, estavam vinculados à voz, aos trejeitos, ao olhar e, sobretudo, à alma de cada tipo tão específico quanto genial.

Aqui o clichê "ele continuará vivo" não cabe apenas a uma pessoa, pois Chico Anysio deixa vivos uma infinidade de personagens marcantes, que se arraigaram no imaginário brasileiro.

Dá até vergonha citar apenas uns poucos como Pantaleão, Tavares, Azambuja, Coalhada, Bento Carneiro, Bozó, Alberto Roberto, Justo Veríssimo, Salomé e, por fim, o Professor Raimundo.

Esse, uma espécie de alter ego do humorista, que oferecia o colo de sua merecida fama a outros comediantes, experientes ou iniciantes.

Na sala de aula, ensinava que o humor feito como o jogo entre parceiros atinge um grau de magnitude de que só a delicadeza do riso é capaz. Via-se a cumplicidade do mestre junto à de outros mestres, um cedendo espaço ao outro.

FAMA

Um rir-se por dentro que explodia grandioso para toda a nação. Por suas mãos muitos comediantes saíram do ostracismo e tantos outros ganharam fama.

Chico lidou diretamente com o poder. Dentro da Globo, deixou sua influência sujeita a novos rumos que talvez sua inteligência não tenha decifrado completamente. Mas, seria injusto grifar a fase em que saiu do ar e esquecer tudo o que fez.

Pensamento que serve também aos seus casamentos. Muita gente chegou a rejeitá-lo por causa do casamento com Zélia Cardoso, a operadora do saque à poupança do povo. Só que amor não pode ser mácula, muito menos diminuirá a grandeza.

Sua herança já vingou. Basta falar somente dos artistas de linhagem sanguínea, uma realeza que inclui Nizo Neto, Lug de Paula, Maria Maya, Marcos Palmeira e Cininha de Paula.

Mas, com o perdão de todos, em especial, o herdeiro Bruno Mazzeo, ninguém nunca será igual a ele. Bruno, que não o imita, é, no entanto, muito igual ao pai, por mostrar que a autenticidade é o principal valor artístico.

Chico deixa algumas décadas de humor, no rádio, na tevê e no teatro, alegremente acumuladas nas nossas lembranças. Nos fez rir de nós mesmos, de nossa brasilidade. Suas criações sempre o farão mais vivo, já que suas interpretações são -se é possível a contradição- únicas!...

É triste. Morreu o mais comediante de todos os atores.

Hugo Possolo, 48, é palhaço, dramaturgo e diretor do Parlapatões e do Circo Roda.
Publicado na Folha de S.Paulo, em 25/03/2012.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Dilma escolhe irmã de Chico Buarque para Ministério da Cultura


A presidente eleita, Dilma Rousseff, convidou nesta segunda-feira a artista Ana de Hollanda, irmã do compositor Chico Buarque, para comandar o Ministério da Cultura. Ela aceitou. A conversa ocorreu pela manhã no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição.

Dilma procurava uma mulher para a Cultura. Cantora, ela foi diretora de Música da Funarte.

* Notícia publicada no Uol.com (20/112/2010, às 18H19), reportagem de Márcio Falcão e Natuza Nery: http://www1.folha.uol.com.br/poder/848637-dilma-escolhe-irma-de-chico-buarque-para-ministerio-da-cultura.shtml

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Tropa de elite 2” é o filme mais visto da história do cinema brasileiro

"Tropa de elite 2", de José Padilha, tornou-se o filme mais visto da história do cinema brasileiro, com um total de 10.736.995 espectadores acumulado após nove semanas de exibição. A informação foi divulgada pela assessoria do filme nesta quarta-feira (8) e confirmada pelo instituto Filme B.

O longa ultrapassou o antigo campeão, "Dona Flor e seus dois maridos" (1976), em 1.470 ingressos vendidos. "Dona Flor" foi visto por 10.735.525 de pessoas.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mario Vargas Llosa vence o Prêmio Nobel de Literatura




O escritor peruano Mario Vargas Llosa é o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2010, anunciou hoje a Academia Sueca em sua sede, em Estocolmo. Como prêmio, vai receber 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,5 milhão).

Em comunicado, o comitê informou que Llosa recebeu o prêmio "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual".

Nascido em 1936, o novelista e ensaista é tido como um dos maiores nomes da literatura em língua espanhola. Seu principal tema é a luta pela liberdade em seu país. Entre suas principais obras estão "A Casa Verde", "Lituma nos Andes" e "A Cidade e os Cachorros". Em 1981, Llosa publicou "A Guerra do Fim do Mundo", sobre a Guerra de Canudos, que dedicou ao escritor brasileiro Euclides da Cunha, autor de "Os Sertões".

Já entre seus prêmios mais importantes estão o Prêmio Cervantes (1994) e o Prêmio Príncipe das Astúrias de Letras Espanha (1986).

Reconhecimento

Mario Vargas Llosa afirmou que o prêmio é um reconhecimento da literatura da América Latina e em língua espanhola, em uma entrevista à rádio colombiana RCN.

"Não pensava que sequer estava entre os candidatos", disse o escritor de 74 anos em Nova York, na primeira reação após receber a notícia do prêmio. "Acredito que é um reconhecimento à literatura latinoamericana e à literatura em língua espanhola, e isto sim deve alegrar a todos", acrescentou ele, que ministra aulas na Universidade de Princeton.

"Ele havia levantado às 5h para dar aulas. Recebeu a ligação informando às 6h45, enquanto trabalhava intensamente", contou Peter Englund, presidente do júri do Nobel de Literatura.

Com o resultado, o escritor sucede a romena naturalizada alemã Herta Mueller e o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, vencedores das edições de 2009 e 2008, respectivamente.

Vargas Llosa irá à cerimônia de entrega do prêmio em 10 de dezembro, em Estocolmo. Ele fará o discurso em nome de todos os premiados, com exceção do Nobel da Paz, realizado em um ato paralelo, em Oslo.

Llosa, mais uma vez, confirma a tendência dos últimos anos da Academia de não premiar o favorito nas apostas. Antes do anúncio de hoje, o poeta sueco e escritor Tomas Transtromer era o favorito, vindo em seguida três outros poetas; Adam Zagajewski, da Polônia, Ko Un, da Coreia do Sul, e Adonis, da Síria.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Morre fundador da Nenê de Vila Matilde


Morreu, na madrugada desta segunda-feira, 4, o sambista Alberto Alves da Silva, conhecido como Nenê da Vila Matilde, aos 89 anos, em São Paulo, em consequência de insuficiência respiratória. O velório será realizado na quadra da escola, na Penha, zona leste da capital.

José Patrício/AEO sambista será velado na quadra da escola de samba, na zona leste da capitalNenê fundou em 1949 e presidiu por 47 anos o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Nenê de Vila Matilde, uma das mais tradicionais escolas de samba do carnaval de São Paulo, até passar o comando da entidade em 1996 para seu filho, Alberto Alves da Silva Filho, em razão de alguns problemas de saúde.

Ele foi um dos grandes incentivadores do carnaval de São Paulo. Em 1968, ao lado de outros sambistas como Inocêncio, Tobias, Carlão do Peruche e Pé Rachado da Vai-Vai, se reuniu com o prefeito Faria Lima e constituiu o carnaval atual, com apoio da Prefeitura. Ele era considerado um dos grandes sambistas da atualidade e é um exemplo para todos que ingressaram no carnaval.

Carnaval 2011. Em 2010, a Nenê de Vila Matilde foi a campeã do Grupo de Acesso, com 268,25 pontos e um samba-enredo que falava sobre a água. "Voltamos para o lugar que nunca deveríamos ter deixado", afirmou Alberto Alves da Silva Filho, o Betinho, na ocasião.


* http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,morre-fundador-da-nene-de-vila-matilde,619977,0.htm

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Filme "Lula" vai representar o Brasil em disputa por vaga ao Oscar

* Notícia publicada no UOL.com.br



O filme "Lula, o Filho do Brasil", de Fábio Barreto, foi o escolhido nesta quinta-feira por uma comissão de especialistas para representar o Brasil na disputa por uma vaga ao Oscar de melhor estrangeiro em 2011. O longa foi eleito por unanimidade.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Dia 23/09 será divulgado o filme brasileiro que pode concorrer ao Oscar 2011


Foi divulgada a lista de 23 filmes que concorrem à seleção do filme brasileiro que poderá concorrer ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira de 2011

A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura recebeu até esta terça-feira - 31 de agosto - 23 filmes para participar da seleção do longa-metragem brasileiro que será indicado para concorrer ao prêmio de melhor filme estrangeiro no Oscar 2011.

São eles:

As Melhores Coisas do Mundo

A Suprema Felicidade

Antes que o mundo acabe

Bróder

Carregadoras de Sonhos

Cabeça a Prêmio

Cinco Vezes Favela, Agora Por Nós Mesmos

Chico Xavier

É Proibido Fumar

Em Teu Nome

Hotel Atlântico

Lula, o Filho do Brasil

Nosso Lar

Olhos Azuis

Ouro Negro

O Bem Amado

O Grão

Os Inquilinos

Os Famosos e os Duendes da Morte

Quincas Berro D’água

Reflexões de um Liquidificador

Sonhos Roubados

Utopia e Barbárie


O nome da produção brasileira escolhida será anunciado pela Comissão Especial de Seleção, no dia 23 de setembro. Já os cinco filmes selecionados para concorrer ao Prêmio de Melhor Língua Estrangeira serão anunciados em 25 de janeiro do próximo ano. A cerimônia de premiação será realizada no dia 27 de fevereiro de 2011.

A Comissão de Seleção que irá escolher o filme brasileiro é composta por membros indicados pelo Gabinete do Ministério da Cultura (MinC), pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC), pela Agência Nacional de Cinema do Brasil (Ancine) e pela sociedade Civil Organizada, representada pela Academia Brasileira de Cinema (CBC).

A banca será composta por Cássio Henrique Starling Carlos, Clélia Bessa, Elisa Tolomelli, Frederico Hermann Barbosa Maia, Jean Claude Bernardet, Leon Kakoff, Márcia Lellis de Souza Amaral, Mariza Leão Salles de Rezende e Roberto Farias

* Notícia veiculada no sítio do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Raimundo Carrero e Edney Silvestre levam prêmio SP de Literatura 2010


Notícia veiculada no sítio do Estadão (www.estadao.com.br), de 02/08/2010

Raimundo Carrero é o vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2010. O escritor levou o prêmio com a obra A Minha Alma é Irmã de Deus, da editora Record. Já na categoria estreante quem levou o troféu foi Edney Silvestre, com o livro Se Eu Fechar os Olhos Agora, também da Record. A cerimônia de entrega da premiação ocorreu na noite desta segunda, 2, no Museu da Língua Portuguesa.

Entre as obras que concorreram na categoria Melhor Livro do Ano estavam O Filho da Mãe, de Bernardo Carvalho, Leite Derramado, de Chico Buarque, O Albatroz Azul, de João Ubaldo Ribeiro, e Pornopopéia, de Reinaldo Moraes, entre outros.

Na categoria Melhor Livro do Ano - Estreante, foram finalistas A Passagem Tensa dos Corpos, de Carlos de Britto e Melo, Sinuca Embaixo d'Água, de Carol Bensimon e Ciranda de Nós, de Maria Carolina Maia. Cada um dos ganhadores receberá R$ 200 mil como premiação.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

"É Proibido Fumar" é destaque no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro



O filme "É Proibido Fumar", da cineasta Anna Muylaert, foi o grande vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, concedido no último dia 9/6, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.

O filme de Muylaert, que já havia vencido o Festival de Brasília, em 2009, superou "Tempos de Paz", recordista de indicações nesta edição, que concorria em 11 categorias.

"É Proibido Fumar" levou os prêmios de melhor filme, direção, trilha sonora, roteiro original e montagem de ficção

"Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei", de Calvito Leal, Claudio Manoel e Micael Langer ficou com quatro prêmios Grande Otelo, inclusive o de melhor documentário de longa-metragem.

''Se eu Fosse Você 2'' levou um prêmio de melhor filme na votação popular.
Lilia Cabral recebeu o prêmio de melhor atriz por seu papel em ''O Divã'', superando a então favorita Glória Pires, indicada por dois papeis. 

Tony Ramos confirmou expectativas: venceu o prêmio de melhor ator por ''Se Eu Fosse Você 2'', de Daniel Filho. O ator também estava indicado na categoria por "Tempos de Paz''.
Denise Weinberg foi escolhida melhor atriz coadjuvante, pelo papel de Ruiva em "Salve Geral"; e Chico Diaz, de melhor ator coadjuvante, como camelô em "O Contador de Histórias".

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ferreira Gullar vence o Prêmio Camões de 2010


Ferreira Gullar, considerado o maior poeta brasileiro vivo, venceu o Prêmio Camões de 2010.

Gullar é o nono brasileiro a ganhar o Camões, o mais prestigioso prêmio de literatura em língua portuguesa. Além dele, João Cabral de Mello Neto, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Antonio Cândido, Autran Dourado, Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles e João Ubaldo Ribeiro receberam a honraria.

O Brasil igualou Portugal em número de vencedores do Prêmio Camões: nove. Dentre os portugueses vencedores estão Antônio Lobo Antunes e José Saramago.